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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não acredito em alma Gêmea .

“Se você quer ser feliz, não case; mas se quiser fazer alguém feliz, então case, pois duas pessoas com esta filosofia contribuirão uma com a felicidade da outra”.
                                                  Autoria desconhecida



Alma gêmea não existe, na minha opinião.
Eu acredito em almas afins ou almas que têm afinidades .
Almas gêmeas tem a conotação do igual ou muito parecido  - é procurar imagem refletida no espelho.
Quando está do jeito que a gente gosta, ótimo! quando não, sai de perto!!
Pelo que aprendi ,o amor  não está calcado na beleza, nem nas posses materiais, nem muito menos na fantasia do principe encantado.
Na minha modesta opinião, o que acho que vai conduzir um casal para ficarem juntos até que a morte os separem, é a maturidade. E  isso depois de comerem muito sal grosso juntos!!

        Rejane


Afinal, o que é amar alguém? Existe alma gêmea?
Por Carlos Hilsdorf


Ninguém é responsável pela nossa felicidade e nem nós pela de ninguém, mas somos todos co-responsáveis por participar na construção da felicidade uns dos outros.

Entregar a outra pessoa “o fardo” de fazer você feliz é eximir-se da responsabilidade sobre suas próprias emoções, sentimentos e escolhas e assumir o confortável papel de vítima. Afinal, se não der certo, a culpa é do outro que falhou em te fazer feliz.

Esse comportamento de fazer com que o outro se responsabilize por nossa felicidade caracteriza egoísmo, vaidade e narcisismo, pois parte do pressuposto que nós somos muito importantes, a tal ponto que o outro tenha a “obrigação” de nos fazer feliz. A pergunta é: Isso é amor pelo outro ou apenas por si mesmo?

Os dois casos mais freqüentes nos relacionamentos amorosos são sempre os das pessoas que se apaixonam pelo “espelho” (alguém extremamente parecido com ela) e o daqueles que se apaixonam pelo seu oposto - alguém totalmente diferente dela.

No primeiro caso a pessoa não se dá conta que está procurando a confortável, porém, tola posição de não ter que aprender ou se adaptar a nada, afinal vive com uma cópia de si mesmo, seja real ou submissa.

No segundo caso, não se dá conta que está procurando alguém que compense as áreas não trabalhadas da sua personalidade e das suas competências sociais, transferindo ao outro tudo aquilo que tem dificuldade em fazer. Em ambos os casos, observamos um nítido egoísmo de face facilmente reconhecível: o narcisismo.

Como eternizou Caetano, “narciso acha feio o que não é espelho”.

Sejam quais forem os caminhos escolhidos para falar do amor (paixão é outro tema) perceberemos que amor é legitimamente um sentimento que parte de nós em direção ao outro e não algo que esperamos parta do outro em relação a nós.

O desejo de amor está ligado ao desejo de expansão, à presença simultânea das semelhanças e diferenças. O sentimento de amor mais legítimo que podemos conceber parte sempre de uma doação sem necessidade de submissão; de tolerância sem necessidade de omissão; de compartilhar sem necessidade de auto-abandono. Amar é somar, multiplicar e dividir, nunca subtrair.

Amar continua sendo a maior aventura e o maior desafio da espécie humana!

Por isso, um bom indicador da veracidade de nosso amor por alguém é o quanto ele nos transforma, o quanto cedemos, vencendo o nosso egoísmo e narcisismo e evoluindo para vivê-lo intensamente.





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