Caminhos para reconhecer um amor verdadeiro. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
por Rosemeire Zago | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Só depois que ele – amor - chega é que reconhecemos a sutil diferença ao que sentíamos e damos o nome de amor, e ao que é amor realmente. Para nomear um sentimento com esse nome, ele deve ser muito nobre, o que em nada combina com ciúmes, agressões, insegurança, infidelidade, controle, manipulação, brigas constantes, entre outros. Não, o amor não traz nada disso, ele traz exatamente o contrário: paz, segurança, tranqüilidade, harmonia, crescimento mútuo, confiança, cumplicidade. Enfim, aquilo que sempre desejamos ter, mas enquanto não for amor de verdade, dificilmente conseguiremos conquistar, por mais que o desejemos. Mas por qual motivo é tão difícil encontrar o amor verdadeiro? Tudo começa com a falta de amor por nós mesmos, que geralmente vem associada à baixa auto-estima. Ou seja, se não reconhecemos nossos reais valores, como podemos nos amar? E como saber de nosso valor enquanto pessoa se nem todos se dão ao trabalho de se conhecerem? Dificilmente alguém ama quem não conhece, ou ainda, quem não se dá o devido valor. Isso nos faz chegar à conclusão que sem nos conhecermos, e em conseqüência nos amarmos - pois o amor vem do conhecimento, admiração, que se tem por outra pessoa ou por si mesmo - não conseguiremos verdadeiramente amar alguém ou permitir que tal amor chegue até nós. Sem nos conhecermos não sabemos quais são as necessidades emocionais que temos, as quais não deixam de existir por não as reconhecermos. Elas muitas vezes são responsáveis por nossas expectativas frustradas, pois muitas vezes esperamos que nosso companheiro venha a suprir tudo aquilo que necessitamos desde crianças e que não fomos correspondidos. Com isso tendemos a idealizar o outro, vendo nele aquilo que gostaríamos que fosse e não quem ele é na realidade. E conforme ele vai se mostrando a nós, sentimos como se tivéssemos sido enganados. Mas será que fomos mesmo enganados ou sequer nos demos tempo para saber quem é essa pessoa que deixamos entrar em nossa vida, sem pedir licença, e colocamos nosso coração e nossa vida totalmente em suas mãos? Resumindo: a falta de amor-próprio, a baixa auto-estima, as necessidades emocionais não reconhecidas, geralmente causadas pela falta de autoconhecimento, somada as idealizações, expectativas, carências, histórico de vida, podem comprometer nossos relacionamentos e dificultar o encontro com o verdadeiro amor. O que, no fundo da alma, é o que todos buscamos. Portanto, devemos realizar toda essa caminhada de autoconhecimento para depois nos permitirmos nos envolver com outra pessoa, o que raramente as pessoas fazem. Elas querem alguém que não as façam se sentir sozinhas e nessa busca, muitas vezes se encontram mais sozinhas do que antes. Por medo de ficar só, envolvem-se com pessoas cujo relacionamento traz apenas sofrimento. “Mas como reconhecer se o que sinto é amor?” você deve estar se perguntando... Para reconhecê-lo é preciso ter um mínimo de autoconhecimento, pois do contrário estará vulnerável a considerar toda pessoa que vier a conhecer e/ou se relacionar como uma possibilidade de vivenciar o amor, podendo assim facilmente confundir apego, posse e atração com amor. Fará isso porque irá sobrepor suas carências, sem respeitar sua reais necessidades, que muitas vezes está muito distante de serem supridas por esse pessoa. Claro que devemos considerar que ninguém supre as carências de ninguém, mas sempre queremos uma pessoa que seja carinhosa, compreensiva, amiga... Enfim, que tenha valores semelhantes aos nossos, mas ignoramos isso e nos envolvemos sem o menor conhecimento do outro, em conseqüência da falta de conhecimento de nós mesmos, assim nos tornamos dependentes emocionais. Sim, não podemos saber isso sem dar o mínimo de chance para conhecer, mas quantas vezes não entramos num relacionamento sem sabermos muito bem sequer o que queremos? Como encontrar alguém que te faça feliz se nem você mesmo o sabe? O autoconhecimento se torna importante até para iniciar um relacionamento. Portanto, procure se conhecer mais, saber o que é importante para você no relacionamento afetivo, tenha referência de como seria o relacionamento ideal para você, ainda que ele não seja exatamente igual, ao menos saberá o quanto está perto ou distante do que deseja para sua vida nos próximos anos.
Será que encontrei, de fato, o amor de minha vida? Todos os dias você encontrará pessoas reclamando que não encontraram o grande amor de suas vidas. Não encontraram? Não procuraram? Não sabiam o que estavam procurando? Encontraram e não reconheceram? Encontraram e não souberam valorizar? Na vida, você não encontra o que procura, apenas o que está preparado para encontrar. Muitas pessoas se queixam da ausência do par ideal, mas não percebem que estão vivendo a ilusão da busca da sua outra metade e que, por conseqüência, se sentem divididos ao meio, seres incompletos em busca de alguém que os complete. Buscar a outra metade significa delegar para outra pessoa a difícil missão de te fazer feliz e de suprir faltas que sua personalidade apresenta e que só podem ser supridas por você. Seres humanos sempre serão “metades” diferentes que juntas não formarão uma unidade, mesmo nos casos de amor mais lindos e perfeitos que você conheça. Quando duas pessoas “inteiras” se encontram podem ser felizes, já duas metades... Vale o conselho em tom de ironia e brincadeira: “Se você quer ser feliz, não case; mas se quiser fazer alguém feliz, então case, pois duas pessoas com esta filosofia contribuirão uma com a felicidade da outra”. União, expansão e crescimento O desejo de união amorosa é mais lúcido se for um desejo de expansão e crescimento, de compartilhar universos diferentes em alguns aspectos, semelhantes em outros, mas onde a busca pela semelhança total ou a convivência com diferença plena seriam tolices. Ninguém é responsável pela nossa felicidade e nem nós pela de ninguém, mas somos todos co-responsáveis por participar na construção da felicidade uns dos outros. Entregar a outra pessoa “o fardo” de fazer você feliz é eximir-se da responsabilidade sobre suas próprias emoções, sentimentos e escolhas e assumir o confortável papel de vítima. Afinal, se não der certo, a culpa é do outro que falhou em te fazer feliz. Esse comportamento de fazer com que o outro se responsabilize por nossa felicidade caracteriza egoísmo, vaidade e narcisismo, pois parte do pressuposto que nós somos muito importantes, a tal ponto que o outro tenha a “obrigação” de nos fazer feliz. A pergunta é: Isso é amor pelo outro ou apenas por si mesmo? Os dois casos mais freqüentes nos relacionamentos amorosos são sempre os das pessoas que se apaixonam pelo “espelho” (alguém extremamente parecido com ela) e o daqueles que se apaixonam pelo seu oposto - alguém totalmente diferente dela. No primeiro caso a pessoa não se dá conta que está procurando a confortável, porém, tola posição de não ter que aprender ou se adaptar a nada, afinal vive com uma cópia de si mesmo, seja real ou submissa. No segundo caso, não se dá conta que está procurando alguém que compense as áreas não trabalhadas da sua personalidade e das suas competências sociais, transferindo ao outro tudo aquilo que tem dificuldade em fazer. Em ambos os casos, observamos um nítido egoísmo de face facilmente reconhecível: o narcisismo. Como eternizou Caetano, “narciso acha feio o que não é espelho”. Sejam quais forem os caminhos escolhidos para falar do amor (paixão é outro tema) perceberemos que amor é legitimamente um sentimento que parte de nós em direção ao outro e não algo que esperamos parta do outro em relação a nós. O desejo de amor está ligado ao desejo de expansão, à presença simultânea das semelhanças e diferenças. O sentimento de amor mais legítimo que podemos conceber parte sempre de uma doação sem necessidade de submissão; de tolerância sem necessidade de omissão; de compartilhar sem necessidade de auto-abandono. Amar é somar, multiplicar e dividir, nunca subtrair. Amar continua sendo a maior aventura e o maior desafio da espécie humana! Por isso, um bom indicador da veracidade de nosso amor por alguém é o quanto ele nos transforma, o quanto cedemos, vencendo o nosso egoísmo e narcisismo e evoluindo para vivê-lo intensamente.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Caminhos para reconhecer um amor verdadeiro.
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