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quinta-feira, 8 de abril de 2010

As projeções no outro.


http://www.abril.com.br/imagem/casal-jovem-bracos-cruzados-436.jpg





“Um relacionamento nunca cria nada.
Ele só pode trazer algo que já é existente.
Assim, nunca jogue a responsabilidade no outro.
O outro é, no máximo, uma ajuda para lhe mostrar as subcorrentes de sua mente.
Cada relacionamento é um espelho; ele revela sua identidade a você.”

 
Osho
  

Todo mundo é um estranho

É um fato conhecido: você não se apaixona por alguém; você não se apaixona pela pessoa real, você se apaixona pela pessoa de sua imaginação. E enquanto vocês não vivem juntos, e você vê o outro da sua sacada, ou você o encontra na praia por alguns minutos, ou você segura suas mãos no cinema, você começa a sentir: "Somos feitos um para o outro" . Mas ninguém é feito um para o outro. Você vai projetando mais e mais imaginação sobre o outro, inconscientemente. Você cria um certa aura em torno dele e ele cria uma certa aura em torno de você. Tudo parece ser lindo, porque você faz tudo parecer lindo, sonhando, evitando a realidade. E ambos ficam sonhando tentando de todas as formas possíveis não perturbar a imaginação do outro. Assim, a mulher se comporta do jeito que o homem quer que ela se comporte; o homem se comporta do jeito que a mulher quer que ele se comporte. Mas isso só pode durar alguns minutos ou algumas horas np máximo. Uma vez que vocês se casem e tenham que viver juntos vinte e quatro horas por dia, torna-se uma carga pesada continuar fingindo alguma coisa que você não é. Preencher a imaginação do homem ou da mulher, por quanto tempo você pode continuar representando? Mas cedo ou mais tarde torna-se um peso e você começa a se vingar. Você começa a destruir toda a imaginação que o homem criou emtorno de você, porque você não quer ficar aprisionado nela; você quer se livrar daquilo e ser você mesmo. E a mesma é a situação com o homem: ele quer se livrar e ser ele mesmo. E esse é o conflito entre todos os amantes, em todas as relações. A realidade é:somos sozinhos, somos estranhos e será muito melhor se aceitarmos a verdade básica de que somos estranhos. E o que há de errado em se apaixonar por um estranho? Qual é a necessidade de que, antes de se apaixonar por um estranho, a estranheza deva ser destruída? Sua classe social deva ser conhecida, sua nacionalidade deva ser conhecida, sua religião deva ser conhecida, sua astrologia deva ser conhecida - quando ele nasceu, a data de nascimento, a hora do nascimento. Todos esses esforços para acabar com a estranheza e criar a ilusão de que vocês não são estranhos. Mas nenhuma ilusão pode se manter contra a realidade. A realidade irá vencer mais cedo ou mais tarde. Assim, lembre-se: longe, você pode pensar sobre mim do jeito que você quiser, porque minha realidade não irá lhe perturbar - sua imaginação está livre. Mas quando você está comigo, então, você tem que deixar sua imaginação de lado; e, sem imaginação, imediatamentesomos estranhos. Podemos saber o nome um do outro, podemos ter visto o rosto um do outro muitas vezes - isso não importa. Nossos seres estão tão escondidos e tão lá no fundo, que não há como eu poder tocar o ser de alguém, ou possa ver o ser de alguém - e é aí que reside toda a estranheza. Mas não acho que isso seja uma catástrofe; pelo contrário sinto-o como uma benção. Se não fôssemos estranhos seríamos robôs, máquinas. Nossa estranheza nos dá individualidade, singularidade. E porque é impenetrável, lhe dá a sua força, sua dignidade. Mas a humanidade tem vivido de ilusões de todos os tipos em todas as esferas. Meu esforço é para ajudá-lo a viver sem ilusões, viver a realidade como ela é. Então você não ficará frustrado, então você não se sentirá miserável, então você não viverá tenso e preocupado, porque, desde o princípio, você aceitou o fato de que todo mundo é um estranho para o outro. Osho





Fonte:http://fotowho.net/menininhanhac

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