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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor e paixão

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“Amar é o exercício de descobrir o que o outro tem de mais lindo, mas também de mais vergonhoso. Amores perfeitos só existem nas projeções. Ou nos jardins…”


(Pe. Fábio de Melo)
                                                          Amor e paixão

“ O grande problema é que a idealização provoca uma compreensão equivocada do amor. Na idealização, o amor é reduzido à paixão. A paixão é uma espécie de ante-sala do amor, mas ainda não é amor, porque não condensa os elementos necessários para um conhecimento do outro. Paixão é uma forma de visão turva. Vemos e, no fascínio do que vemos, imaginamos.
A paixão é diferente do amor justamente por causa disso. A paixão sobrevive de idealizações e o amor sobrevive de realidade. A paixão desinstala de uma forma infantil, tornando a pessoa vítima de suas fragilidades. O amor, ao contrário, amadurece e favorece a superação de tudo aquilo que fragiliza.
A paixão sobrevive de prazer. Já o amor sobrevive de desejo. Paixão só aprendeu a ficar por pouco tempo. O amor gosta é de permanecer a vida inteira.
Esse caráter temporário da paixão é necessário para a construção do amor. O processo que nos leva a conhecer outras pessoas sempre começa em visões de superfície. A profundidade só é alcançada à medida que avançamos os territórios do outro.
A paixão é o resultado da primeira vista, dos primeiros detalhes do território encontrado, da mesma forma como a antipatia natural. A pessoa apaixonada vive uma experiência estranha de projetar outro como o maior acontecimento de sua vida. É sempre assim. Todo apaixonado acha que encontrou o amor de sua vida. Mas, como passar do tempo, se esse conhecimento não o conduzir ao encontro real, concreto, de defeitos e virtudes pelos quais ele ainda continua apaixonado, a paixão dá espaço à desilusão e ao rompimento. O amor só pode acontecer nas pessoas que atravessaram a ante-sala da paixão. Somente depois de conhecidos limites e virtudes é que o amor é real.
É por isso que as relações humanas são como pontes. Estamos sempre em travessia. Há sempre uma distância a ser percorrida, um passo a mais a ser dado no conhecimento do outro. Pontes são simbólicas. Elas estabelecem vínculos. Por elas cruzamos os obstáculos que dificultam nossa chegada ao outro lado. Quanto mais construímos pontes, muito maior será a possibilidade de conhecermos verdadeiramente aqueles que fazem parte do nosso mundo.”




Um comentário:

Denise disse...

Tuas escolhas Rê, são de uma precisão cirúrgica...este texto vai figurar lá tb, na nossa dobradinha. Vc sabe que diferenciar os dois conceitos é uma prática que a gente busca, esse entendimento é uma das necessidades para compreender, discriminar sentimentos, para então firmar uma posição...acontece mais ou menos assim.

Vim te ver, deixar um beijo, desejar um maravilhoso fds e avisar para passar lá no Tecendo Idéias receber o Selinho que ganhei e repasso para este teu cantinho que acho super Charmoso - aliás, o Zen não poderia ficar de fora - como o selo é para o blog e não para a blogueira, presenteio dois: Coisas de Casal e Meu cantinho espiritual.

Bjos minha querida!!!

Se desejas aprender mais sobre o amor, visite meu arquivo :

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